
Jovem de Sorocaba é a 10ª morte por intoxicação por metanol no Estado de São Paulo
Um jovem de 26 anos, morador de Sorocaba, tornou-se a 10ª vítima fatal de intoxicação por metanol no estado de São Paulo. A morte de Felipe Henrique Alves da Silva, registrada em 16 de agosto, ocorreu após ele apresentar fortes dores de cabeça, náusea e ânsia pouco tempo depois de consumir bebida alcoólica. Apesar da rápida chegada do Samu, os socorristas confirmaram o óbito ainda na casa da vítima.
Intoxicação por metanol em Sorocaba: caso confirmado após mais de três meses
A prefeitura afirmou que a Vigilância Sanitária, com apoio da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar, segue fiscalizando estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas. Contudo, mesmo com as ações intensificadas, a causa da morte de Felipe só foi oficialmente confirmada nesta terça-feira (25), mais de três meses após o óbito.
Consequentemente, o caso aumentou a preocupação das autoridades de saúde, já que Felipe deixou dois filhos e não apresentava histórico prévio de problemas graves. Ele foi sepultado no dia seguinte no Cemitério Consolação.
Sorocaba e Jundiaí concentram parte significativa das mortes
Até esta quarta-feira (26), houve o registro de dez mortes por intoxicação por metanol no estado. Sorocaba e Jundiaí, portanto, respondem por 20% dos óbitos confirmados. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, Sorocaba registrou uma morte em 16 de agosto, enquanto Jundiaí contabilizou outra em 14 de outubro.
A vítima de Jundiaí, Leonardo Anderson, de 37 anos, morreu após permanecer 11 dias internado com sintomas severos de intoxicação. A família relatou que ele havia ingerido bebida alcoólica momentos antes de adoecer.
Como ocorre o “batismo” de bebidas com metanol
Criminosos adulteram garrafas de marcas conhecidas — incluindo gin e vodca — usando álcool metílico, também chamado de metanol. Depois disso, comercializa-se o produto como se fosse original. Entretanto, o metanol é uma substância tóxica, inflamável e extremamente perigosa, cuja identificação é difícil até para consumidores experientes.
A ingestão, inalação ou até mesmo o contato prolongado com metanol pode causar tontura, náusea, convulsões, cegueira e, em muitos casos, levar rapidamente à morte.
Sintomas que exigem atenção imediata
Os sintomas iniciais costumam aparecer entre 10 e 12 horas após o consumo, porém podem surgir até 48 horas depois. Se o atendimento não ocorrer rapidamente, a mortalidade ultrapassa 50%. Entretanto, quando o socorro é imediato, a taxa cai para menos de 10%, segundo a médica intensivista e presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Patrícia Mello.
Entre os principais sinais de intoxicação estão:
Dor de cabeça intensa
Náusea
Dor abdominal
Vômito
Vertigem
Alterações de consciência
Visão borrada, fotofobia, pontos escuros ou perda súbita da visão
Em casos graves, a pessoa pode evoluir para coma em poucas horas. Por isso, caso o paciente beba algo de procedência duvidosa, é fundamental relatar aos médicos para que considerem a hipótese de intoxicação imediatamente.
O que fazer ao suspeitar de intoxicação por metanol?
Se a pessoa apresentar sintomas após ingerir bebida alcoólica, deve buscar atendimento urgente. A intoxicação evolui rapidamente e compromete órgãos vitais, portanto cada minuto conta.
Além disso, familiares ou amigos devem informar as equipes de saúde sobre o que foi consumido, ajudando no diagnóstico precoce.
Como evitar bebidas adulteradas?
Comprar apenas produtos com lacre, observar rótulos, desconfiar de preços muito baixos e adquirir bebidas somente em estabelecimentos confiáveis são medidas essenciais. Além disso, evitar consumo em locais informais reduz drasticamente o risco de contaminação.
As fiscalizações continuam?
Sim. A prefeitura informou que as ações de fiscalização seguirão com reforço diário, buscando identificar possíveis pontos de venda ilícita e prevenir novos casos.
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