Ex-proprietária diz que desconhecia venda da casa para Rodrigo Manga e afirma ter levado “susto” PF aponta ocultação de dinheiro vivo

Rodrigo Manga investigação imagem collorau

A Polícia Federal revelou novos detalhes sobre a compra de um imóvel de luxo em Sorocaba, após ouvir a antiga proprietária da residência. Ela afirmou que não sabia que negociava a venda com o prefeito afastado Rodrigo Manga (Republicanos) e disse ter levado um “susto” quando descobriu o comprador real. Esse episódio, inclusive, se tornou um dos pontos centrais da segunda fase da Operação Copia e Cola, que apura suspeita de lavagem de dinheiro. Além disso, o caso movimentou a opinião pública e reacendeu debates sobre transparência na gestão municipal.


Negociação aconteceu com intermediários e envolveu dinheiro vivo

O imóvel fica no condomínio de alto padrão Parque Residencial Chácara Ondina, na zona leste de Sorocaba. Em maio de 2021, Rodrigo Manga e sua esposa, Sirlange Frate, registraram a compra pelo valor total de R$ 1,5 milhão. Entretanto, a negociação começou antes disso com Rafael Pinheiro do Carmo e Cláudia Cenci Guimarães, pessoas próximas ao prefeito. Inicialmente, o casal vendedor acreditou que os dois fossem os compradores definitivos.

Segundo o vendedor, Rafael e Cláudia conduziram toda a tratativa inicial. Eles pagaram uma entrada de R$ 300 mil, dividida em parcelas de R$ 50 mil, parte em dinheiro vivo. Posteriormente, a esposa do vendedor contou que descobriu a real identidade do comprador apenas no fim do processo e ficou surpresa com a revelação. Por outro lado, ela afirmou que, até aquele momento, nada indicava que o imóvel seria destinado ao prefeito.

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PF aponta ocultação da origem do dinheiro

A PF afirma que Rodrigo Manga usou Rafael para pagar a entrada e esconder a origem dos valores. O relatório aponta que R$ 182,5 mil foram pagos em espécie, prática considerada típica na lavagem de dinheiro. Dessa forma, segundo os investigadores, os valores passam a integrar o patrimônio da família com aparência de licitude.

Ao mesmo tempo, os investigadores destacam que o uso de dinheiro vivo e intermediários reforça a intenção de dissimular a verdadeira origem dos recursos. Portanto, o relatório se alinha ao padrão descrito na Enciclopédia Jurídica da USP, referência na área jurídica. Assim, a compra do imóvel se transformou em peça central da investigação que afastou Manga da Prefeitura até abril de 2026.


Desdobramentos e posicionamentos

A Alesp exonerou Rafael Pinheiro do Carmo em 10 de novembro. Já Simone Rodrigues Frate, cunhada de Manga, segue com mandado de prisão em aberto. Então, a investigação avança para novas fases.

A defesa de Manga, representada pelo escritório Bialski Advogados Associados, contesta a legalidade da operação. Contudo, o TRF-3 negou o pedido de habeas corpus apresentado no dia 11 de novembro. Portanto, todas as medidas judiciais continuam válidas e não permitem o retorno imediato de Manga ao cargo. Finalmente, o caso segue em análise e novos capítulos podem surgir nos próximos meses.

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FAQ — Perguntas Frequentes

1. Qual foi o valor do imóvel comprado por Manga?

O imóvel foi adquirido por R$ 1,5 milhão em 2021.

2. Por que a compra está sob investigação?

Porque parte do pagamento foi feita em dinheiro vivo por intermediários, o que indica possível lavagem de dinheiro.

3. Quem conduziu as primeiras negociações?

Rafael Pinheiro do Carmo e Cláudia Cenci Guimarães.

4. Manga pode voltar ao cargo?

Não. A Justiça determinou afastamento até abril de 2026.

5. A ex-proprietária sabia que vendia o imóvel para Manga?

Não. Ela só descobriu no fim da negociação e afirmou ter levado um “susto”.

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