Em meio às tensões da Guerra da Ucrânia, o presidente Donald Trump declarou que considera “uma boa ideia” a proposta de Vladimir Putin para estender por um ano o último acordo nuclear ainda vigente. A declaração, feita no domingo (5) na saída da Casa Branca, foi vista pelo Kremlin como “um sinal otimista” em um momento de fortes preocupações internacionais.

O que significa o acordo nuclear Trump e Putin

O acordo nuclear Trump e Putin, também chamado de Novo Start, foi assinado em 2011 e é o último tratado de controle de armas nucleares ainda em vigor entre EUA e Rússia. Ele limita a 1.550 ogivas estratégicas em até 700 meios de lançamento, como mísseis, submarinos e bombardeiros.

Putin propôs adiar seu fim, marcado para 5 de fevereiro, permitindo negociações sobre um novo tratado que pode incluir a China, além de França e Reino Unido.

Histórico recente das negociações

Trump já retirou os EUA de dois tratados nucleares durante seu primeiro mandato, alegando que estavam obsoletos. Putin, por sua vez, suspendeu parte das obrigações do Novo Start em 2023, após os americanos reforçarem apoio à Ucrânia.

Ainda assim, ambos os líderes mantêm o diálogo aberto, reforçando a importância do acordo nuclear Trump e Putinno equilíbrio de forças globais.

Diferença entre armas estratégicas e táticas

As armas estratégicas têm alcance e destruição massiva, enquanto as táticas são menores e usadas em campos de batalha. Contudo, especialistas alertam que o uso das táticas pode desencadear ataques nucleares em grande escala.

Segundo a Federação dos Cientistas Americanos, os EUA possuem cerca de 200 ogivas táticas, enquanto a Rússia tem aproximadamente 1.558. O dado evidencia a disparidade entre as potências e reforça a relevância do acordo nuclear Trump e Putin.

O reflexo da guerra da Ucrânia

De fato, as negociações acontecem em paralelo à intensificação da guerra na Ucrânia. Os EUA no entanto, avaliam enviar mísseis Tomahawk a Kiev, medida que Putin já classificou sobretudo, como um possível rompimento nas relações com Washington.

Enquanto isso, a Ucrânia realizou recentemente o segundo maior ataque com drones em território russo desde o início do conflito, atingindo Belgorodo e deixando 40 mil pessoas sem energia.