
Kim Jong-un Realiza Desfile Militar na Coreia do Norte em Meio a Pressões por Desnuclearização
O líder norte-coreano Kim Jong-un realiza nesta sexta-feira (10) um grande desfile militar em Pyongyang. O horário oficial ainda não foi divulgado, entretanto, a expectativa é que ocorra durante a noite na Coreia do Norte, manhã no Brasil. O evento celebra os 80 anos do Partido dos Trabalhadores e serve como vitrine para o poderio militar do regime, em um momento de forte pressão internacional pela desnuclearização.
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Exibição de Novas Armas e Recado ao Ocidente
Durante o desfile, o exército norte-coreano deve apresentar uma nova geração de armas. Além disso, especialistas afirmam que o ato simboliza uma mensagem clara aos Estados Unidos e à Coreia do Sul, países que intensificaram exercícios militares na região.
De acordo com Rachel Minyoung Lee, pesquisadora do Stimson Center em Washington, o regime busca demonstrar que já possui capacidade militar robusta e continuará ampliando seu arsenal. Assim, os EUA se tornam parte direta do público-alvo dessa exibição.
Orgulho Nacional e Estratégia Comercial
Para Kim Jong-un, o desfile não serve apenas como demonstração de poder. O evento também reforça o orgulho nacional e legitima os sacrifícios econômicos enfrentados pelo povo norte-coreano. Inclusive, o líder enxerga a ocasião como vitrine comercial para potenciais compradores internacionais de armamentos.
A mídia estatal KCNA destacou que Kim considera a expansão da aliança militar entre EUA e Coreia do Sul uma ameaça crescente. Portanto, o país redireciona ativos estratégicos para proteger o território.
Exposição Prévia e Mudanças na Estratégia Militar
No último sábado (4), Pyongyang já havia realizado uma exposição de armas, considerada preparação para o desfile. Foram mostrados investimentos recentes em defesa, com destaque para avanços nucleares. Entretanto, especialistas esperam que o desfile desta sexta apresente também maior presença de armamentos convencionais.
Segundo a KCNA, a Coreia do Norte busca modernizar sua estrutura militar com a dissuasão nuclear como espinha dorsal. Dessa forma, o país reforça a ideia de autossuficiência em defesa. Igualmente, demonstra que pode se adaptar às pressões externas.
Parceria com a Rússia e Limitações Internas
As sanções internacionais dificultam parte da produção militar norte-coreana. Todavia, a recente aproximação com a Rússia pode alterar esse cenário. Rachel Minyoung Lee destaca que não se sabe exatamente quais tecnologias Moscou fornece a Pyongyang. Ainda assim, ela acredita que a parceria tende a se prolongar, ultrapassando até a guerra na Ucrânia.
Consequentemente, analistas alertam que não se deve subestimar a cooperação entre os dois regimes autoritários. Sobretudo, esse movimento amplia o desafio para a comunidade internacional.
Relação com os Estados Unidos e a ONU
Os Estados Unidos mantêm a desnuclearização da Coreia do Norte como principal meta diplomática. Segundo a Reuters, a Casa Branca reafirma estar aberta ao diálogo. Nos últimos meses, houve acenos de Washington, enquanto Kim condicionou conversas à suspensão da “busca absurda por desnuclearização”.
Além disso, a presença da delegação norte-coreana na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, foi interpretada como sinal de abertura. Logo depois, o vice-ministro Kim Son-gyong defendeu as armas nucleares como direito soberano do país.
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Presença Internacional no Desfile
Entre os convidados confirmados para o desfile estão líderes de países aliados da região, como To Lam, secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã; Thongloun Sisoulith, presidente do Laos; e Li Qiang, primeiro-ministro da China, que representará Xi Jinping. Principalmente, essa presença mostra que Pyongyang mantém apoio regional apesar das críticas globais.
FAQ – Desfile Militar da Coreia do Norte
Qual o objetivo principal do desfile?
Demonstrar poder militar, reforçar o orgulho nacional e enviar recados estratégicos aos EUA e Coreia do Sul.
A Coreia do Norte vai mostrar armas nucleares?
Embora o arsenal nuclear seja a espinha dorsal da defesa, analistas acreditam que o desfile terá foco também em armas tradicionais.
Por que a Rússia está envolvida?
A parceria militar entre Rússia e Coreia do Norte cresce como alternativa às sanções internacionais, fortalecendo a cooperação em defesa.
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