Lula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Nova York neste domingo (21) para participar da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Com ele, viajam o chanceler Mauro Vieira e uma comitiva de ministros e especialistas. Ele vai atuar fortemente em diplomacia, clima, direitos humanos e comércio internacional. Além disso, usará o espaço internacional para expor as prioridades do Brasil no cenário global.
Sanções dos EUA e tensões diplomáticas recentes
Os Estados Unidos impuseram recentemente uma série de sanções, tarifas e restrições de visto ao Brasil, justificadas por Washington como resposta a questões internas brasileiras. Portanto, o Itamaraty respondeu oficialmente, afirmou que o Brasil “não se curvará” a ingerências externas e classificou algumas justificativas dos EUA como inverdades.
Por exemplo, os EUA revogaram vistos de autoridades brasileiras e aplicaram a Lei Magnitsky a familiares do ministro Alexandre de Moraes após decisões judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, tarifas de importação elevadas afetaram produtos brasileiros em diversos setores.
O governo brasileiro estimou que essas medidas terão impacto “modesto” no Produto Interno Bruto (PIB) agregado — cerca de 0,2 ponto percentual até o fim de 2026 — embora setores específicos, como têxtil, móveis, metalurgia, químicos e produtos eletrônicos, sofram mais com as tarifas e sanções. Portanto, o Brasil estrutura resposta diplomática e medidas compensatórias internas.
Prioridades do Brasil na ONU
Durante o Debate Geral da ONU — no qual o Brasil discursará primeiro, seguindo tradição desde 1955 — Lula vai centrar seu discurso em temas como o fortalecimento da democracia, direitos humanos, combate às mudanças climáticas, defesa do multilateralismo e promoção de paz global. Além disso, ele tentará articular apoio para a COP30, que será sediada no Brasil.
O tema oficial da 80ª Assembleia Geral é “Melhor Juntos: 80 Anos e mais para paz, desenvolvimento e direitos humanos”. Portanto, Lula utilizará essa plataforma para reafirmar compromissos internacionais do Brasil nesse campo, mostrando, além disso, cooperação em estas agendas críticas.
Agenda oficial de Lula
Lula cumprirá uma série de eventos estratégicos entre 22 e 24 de setembro em Nova York. Durante esse período, ele participará de encontros bilaterais, reuniões multilaterais, sessões sobre clima e desenvolvimento e de debates com líderes globais. Além disso, discursará na abertura oficial do Debate Geral da ONU.
Ele também buscará projetar a imagem do Brasil como protagonista em temas como fome, desigualdade, soberania ambiental e justiça global. Consequentemente, a diplomacia brasileira deverá ressaltar o legado de programas sociais recentes, avanços na redução da pobreza e no enfrentamento da insegurança alimentar.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Qual é o papel do Brasil na 80ª Assembleia Geral da ONU?
O Brasil vai apresentar suas prioridades de política externa: democracia, direitos humanos, desenvolvimento sustentável, combate às mudanças climáticas e multilateralismo. Além disso, usará o evento para reforçar compromissos internacionais e buscar alianças estratégicas.
2. O que motivou as sanções dos EUA contra o Brasil?
Os EUA justificam sanções com base em decisões judiciais internas, alegadas injustiças, restrições de direitos e acusações de interferência em liberdade de expressão. O Brasil, porém, contesta essas versões.
3. Quais produtos brasileiros foram mais afetados pelas tarifas americanas?
Setores como celulose, ferro-níquel, têxteis, móveis, químicos e eletrônicos sofreram com sobretaxas recentes e com retomadas de tarifas impostas pelos EUA.
4. O que o governo brasileiro está fazendo em resposta?
O Brasil adotou medidas diplomáticas, notificou organismos internacionais, apelou à Organização Mundial do Comércio (OMC), e implementou o Plano Brasil Soberano para mitigar impactos econômicos. Além disso, defende a reciprocidade nas relações comerciais.
5. Quando e como será o discurso de Lula na abertura da Assembleia?
Lula discursará pela manhã de 23 de setembro, logo depois do secretário-geral da ONU António Guterres e da presidente da Assembleia Geral, Annalena Baerbock. Esse discurso abrirá oficialmente o Debate Geral.
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