A cidade de Salto (SP) confirmou o primeiro caso de mpox (anteriormente conhecida como monkeypox). Segundo informações divulgadas pela prefeitura nesta segunda-feira (11), o paciente está em isolamento e recebe tratamento conforme os protocolos de saúde vigentes. Em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), detalhes sobre o paciente, como nome e idade, não foram divulgados.

A cidade vizinha, Sorocaba, também enfrenta a presença do vírus e já contabiliza 11 casos desde o início do ano. Em nota, a Prefeitura de Sorocaba informou que dez dos pacientes já se recuperaram e, até o momento, não há registros de mortes causadas pela mpox na região.

O Que é a Mpox?

A mpox é uma infecção viral causada pelo vírus MPXV (monkeypox virus), que pertence à família dos Orthopoxvirus. Originalmente identificada em colônias de macacos em 1958, a doença foi posteriormente associada a roedores, como esquilos, e até a outros mamíferos, como cães. A mudança de nome pela Organização Mundial da Saúde (OMS) buscou refletir que a transmissão não se limita a macacos.

Como é a Infecção por Mpox?

A infecção por mpox começa com sintomas semelhantes aos de outras infecções virais, como febre, dores de cabeça, dores musculares, inchaços e dores nas costas. Após a queda da febre, erupções cutâneas surgem, geralmente começando no rosto e se espalhando pelo corpo, incluindo palmas das mãos e solas dos pés. Essas lesões passam por diferentes estágios, podendo causar coceira intensa e dor, até que formem crostas que, eventualmente, caem, deixando cicatrizes em alguns casos.

A infecção, na maioria das vezes, desaparece sozinha, com duração de 14 a 21 dias. Entretanto, casos graves podem ocorrer, com lesões que se espalham por todo o corpo, afetando áreas como boca, olhos e órgãos genitais.

Como a Mpox é Transmitida?

A mpox se transmite principalmente pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer através de relações sexuais, contato pele a pele e até mesmo por meio de conversas próximas ou respiração. O vírus entra no corpo por ferimentos na pele, pelo trato respiratório ou por meio dos olhos, nariz ou boca. Além disso, o contato com animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, representa outra via de contaminação.

Quem Está em Risco?

A maioria dos casos de mpox ocorre entre pessoas sexualmente ativas, especialmente homens que fazem sexo com homens. Pessoas com múltiplos parceiros ou novos parceiros sexuais podem estar em maior risco. No entanto, qualquer pessoa que tenha contato próximo com alguém infectado corre o risco de contrair a mpox, incluindo profissionais de saúde e familiares.

Os infectados devem permanecer isolados até que todas as lesões desapareçam e devem usar preservativos nas relações sexuais por até 12 semanas após a recuperação, conforme as orientações da OMS.

Tratamento e Vacinação Contra a Mpox

Atualmente, existem três vacinas disponíveis contra a mpox, mas a vacinação é restrita a grupos de risco ou pessoas que tiveram contato direto com indivíduos infectados. A OMS não recomenda a vacinação em massa. No Brasil, a campanha de imunização contra a mpox começou em março de 2023, com foco em pessoas vivendo com HIV/aids, profissionais de laboratórios expostos ao vírus e pessoas que tiveram contato direto com fluidos de infectados.

Indivíduos que apresentarem sintomas de mpox devem buscar atendimento em uma unidade de saúde para receber diagnóstico e orientação adequados.