Networking para introvertidos é possível e necessário! Mesmo que você seja um introvertido que tema a ideia de fazer networking, você pode desenvolver suas habilidades  com essas dicas!

Uma pesquisa realizada pelo Lehigh@NasdaqCenter, uma parceria entre a Universidade Lehigh e o Nasdaq Entrepreneurial Center, identificou fatores cruciais para desenvolver habilidades de networking.

Eles incluem: a capacidade de adaptar rapidamente seu pensamento em resposta a situações em mudança; combater a tendência de focar mais em evitar erros e resultados negativos e, em vez disso, esforçar-se por resultados positivos; tentar conscientemente ter fé em suas habilidades de networking; ser persistente; e focar mais no futuro.

Profissionais extrovertidos estão mais bem preparados do que os introvertidos para formar conexões sociais, certo? Afinal, eles são extrovertidos e mais confortáveis em conversar com estranhos.

Errado. Contrariamente à opinião popular, qualquer pessoa pode dominar a arte de se conectar com os outros. É mais uma habilidade do que um talento inato. Até mesmo os introvertidos mais introvertidos, naturalmente tímidos para se aproximar das pessoas, podem aprender a fazer networking com sucesso.

Em um estudo recente conduzido pela Lehigh@NasdaqCenter, foram estudados 450 profissionais de diversas ocupações para determinar os fatores cruciais para o desenvolvimento de habilidades de networking. Descobriu-se que, independentemente da idade, sexo, estágio da carreira ou nível de extroversão ou introversão, as habilidades de networking podem ser desenvolvidas para acelerar sua carreira.

O estudo identificou os seguintes cinco fatores-chave que podem impulsionar a propensão dos introvertidos a sair e fazer networking.

1. Flexibilidade Cognitiva

Esse estudo revelou que a flexibilidade cognitiva – a capacidade de adaptar rapidamente seu pensamento em resposta a situações em mudança – aumenta sua probabilidade de fazer networking (em 19%, de acordo com nossa pesquisa). Isso ocorre porque quanto mais flexível cognitivamente você for, mais buscará novas informações. Dessa forma,  estará aberto a pontos de vista contrastantes, o que facilita a manutenção de relacionamentos existentes e a formação de novas conexões.

A pesquisa mostra que mudanças simples em sua rotina diária, como tomar um caminho diferente para o trabalho ou trabalhar em um local novo, podem aumentar sua flexibilidade cognitiva, forçando seu cérebro a ajustar seus padrões de pensamento para se adaptar a novas circunstâncias. Atividades como jogar videogames, especialmente aqueles que exigem tomadas de decisão rápidas e multitarefa, podem treinar seu cérebro para otimizar seu processo de flexibilidade cognitiva.

Manter um estilo de vida saudável e praticar meditação também pode melhorar sua capacidade de alternar entre tarefas e responder de forma flexível. Durante eventos de networking, por exemplo, você estará mais preparado para lidar com interações com outros participantes, navegar em diferentes personalidades e responder eficazmente a sinais sociais.

2. Foco na Promoção

As pessoas se dividem em duas categorias quando se trata de competição: elas têm um foco na promoção, onde buscam resultados positivos, ou um foco na prevenção, onde visam evitar erros e resultados negativos. As pessoas que têm este último têm medo de que alguém tenha pouco ou nenhum interesse em falar com elas e temem a rejeição se tentarem se envolver; consequentemente, elas relutam em fazer networking. Esse estudo revela que aqueles com foco na promoção, que visam ganhar, têm mais probabilidade de fazer networking com sucesso (em 17%, de acordo com nossa pesquisa).

Pessoas que tendem a ter um foco na prevenção podem tomar medidas para mudá-lo. Comece participando de eventos sociais, tanto pessoalmente quanto online. Estabeleça metas de networking, lembre-se de suas conquistas e nunca leve a rejeição para o lado pessoal – perceba que quando uma tentativa de networking não funciona com alguém, pode ser apenas uma falta de correspondência de necessidades. Monitore seu progresso à medida que sua rede se expande. O número de conexões que você faz servirá como reforço positivo que o estimula a continuar.

3. Percepção de Habilidade

Como você avalia sua habilidade em networking – ou sua “autoeficácia em networking” percebida – pode pesar mais a seu favor do que se você tem habilidades ou talentos objetivamente demonstráveis para isso. Essa percepção de si mesmo, baseada em sua confiança em sua capacidade de fazer networking com sucesso, pode moldar profundamente seu comportamento. Em resumo, se você acredita que pode fazer networking, é mais provável que possa.

A autoeficácia pode impulsionar a propensão ao networking (em até 25%, de acordo com nossa pesquisa). Para desenvolvê-la, esteja ciente de suas emoções antes de eventos de networking para minimizar o estresse e a ansiedade. Substitua pensamentos negativos por uma conversa interna positiva, como “Eu posso fazer isso”, “É normal estar nervoso” e “Eu me preparei e estou pronto”. Modele-se após colegas com personalidades semelhantes à sua que são bons em fazer networking. Por fim, peça alguns feedbacks encorajadores de indivíduos que são bons em fazer networking para reforçar sua crença em si mesmo. Pergunte, por exemplo, “Como estou me saindo?” ou “O que fiz bem?”

4. Persistência

Assim como em tudo na vida, a persistência é um fator-chave no networking bem-sucedido. Pode impulsionar suas perspectivas de networking (em até 51,5%, de acordo com nossa pesquisa). Quanto mais persistentemente você fizer networking, maiores serão suas chances de sucesso.

Com isso em mente, dedique tempo toda semana para fazer networking. Disciplina e consistência são essenciais. O método – pessoalmente, por telefone ou e-mail, ou via LinkedIn – depende da preferência pessoal, mas o que importa é que você siga em frente.

Continue, mesmo diante da rejeição e do desânimo. Paciência e comprometimento ao longo do caminho o treinarão para dominar a habilidade de fazer networking.

Você pode gostar de Manterrupting

Veja também:

HOME